O TRIÂNGULO DA JUSTIÇA: Conexões e Contrastes entre a Justiça Penal, Restaurativa e Divina

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.61164/rjnm.v1i1.3586

Palabras clave:

Justiça penal, justiça restaurativa, justiça divina, reintegração social.

Resumen

Resumo

Este artigo analisa as interseções e divergências entre os modelos de justiça penal, restaurativa e divina, com ênfase em seus conceitos, princípios, vantagens e limitações. Parte-se de uma abordagem comparativa que considera as teorias do direito penal, os fundamentos da justiça restaurativa e as perspectivas bíblicas sobre justiça. O objetivo é identificar as possibilidades de integração entre esses modelos e explorar como a justiça divina, fundamentada na fé e na crença, pode enriquecer os debates contemporâneos sobre o tema. O estudo utiliza revisão bibliográfica e análise documental como base metodológica para examinar os pontos de convergência e divergência. Os resultados sugerem que, embora distintos em seus objetivos e fundamentações, os três modelos compartilham princípios essenciais que podem contribuir para uma visão mais abrangente e equilibrada da justiça.

Biografía del autor/a

  • Aida Jose Mutemba, Universidade Eduardo Mondlane

    Graduanda em Arquivística pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Moçambique. Possui interesse acadêmico e profissional em direitos humanos, justiça restaurativa e arquivística. E-mail: mutembaaidajose@gmail.com

    ORCI ID: https://orcid.org/0009-0005-7269-0252

  • Jose Henriques Mutemba, Servico Nacional penitenciario (SERNAP)

    Doutorando em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestre em Segurança Pública pela Academia de Ciências Policiais (ACIPOL). Suas áreas de pesquisa e atuação incluem segurança pública e política criminal. E-mail: jmutemba34@gmail.com  

    ORCI ID: https://orcid.org/0000-0002-2497-0605

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Publicado

2025-03-31

Cómo citar

O TRIÂNGULO DA JUSTIÇA: Conexões e Contrastes entre a Justiça Penal, Restaurativa e Divina. (2025). Revista Jurídica Do Nordeste Mineiro, 1(1), 1-30. https://doi.org/10.61164/rjnm.v1i1.3586